O estágio é uma etapa presente na vida de todo estudante de nível técnico, tecnológico e universitários. Afinal, é por meio dessa experiência que o futuro profissional sentirá na prática como funciona o dia a dia do mercado de trabalho. Porém, muitas vezes surge uma dúvida: vale a pena aceitar um estágio não remunerado?
Muitos estudantes encaram o estágio não apenas como uma extensão do curso escolhido, mas também como uma oportunidade profissional completa. Além de aprender, fazer contatos e decidir qual área seguir depois de formado, eles também esperam poder dar início à sua independência financeira.
Por isso, a ideia de trabalhar 6 horas por dias de graça não parece a melhor das opções e nem faz os olhos da maioria dos jovens brilharem. Muitas pessoas acham que a prática é uma forma de exploração por parte de empresas e instituição e que deveria ser proibida em todo território nacional.
Mas é realmente esse o caso? Vamos entender melhor como funcionam as regras que regem um contrato de estágio e quando vale a pena ou não aceitar uma oportunidade não remunerada.
Os estágios não remunerados são legais?
Segundo as regras da Lei nº 11.788, de setembro de 2008, o estágio não implica em um vínculo trabalhista entre empresa e estudante; logo, não é obrigatória a remuneração ou quaisquer benefícios como vale transporte, vale alimentação e horas extras.
A lei determina, porém, que todo contrato de estágio respeite alguns pontos, tais como:
- Limite de 6 horas diárias trabalhadas
- Limite de 30 horas semanais trabalhadas
- Férias de 30 dias após 12 meses de vínculo.
Outro ponto que merece destaque está relacionado a duas categorias:
- Estágio remunerado: é obrigatória a remuneração para todos os contratos de estágio quando ele não for obrigatório para a formação do estudante.
- Estágio não remunerado: é opcional a remuneração por parte da empresa em casos nos quais o estágio é obrigatório para a formação do estudante.
Quando vale a pena aceitar um estágio não remunerado?
Para saber se um estágio não remunerado vale a pena ou não, é necessário que o estudante leve em consideração alguns pontos fundamentais antes de aceitar a oportunidade.
Reputação da empresa
Se a empresa ou instituição que está oferecendo a vaga for a sua meta profissional e a oportunidade lhe parecer um trampolim para uma efetivação futura, então o estágio não remunerado pode ser uma boa alternativa.
O mesmo pode ser dito se o fato de ter em seu currículo essa experiência vier a contar bons pontos e abrir portas no mercado.
Chance de trabalhar ao lado de um profissional renomado
Se a única chance de trabalhar com um grande advogado, promotor, cirurgião ou pesquisador for uma vaga sem remuneração por um curto período, por que não? Muitas vezes o aprendizado ao lado de profissionais experientes e bem reconhecidos no meio vale mais do que uma bolsa-auxílio significativa.
Início de curso
Se você ainda está iniciando o curso e quer uma oportunidade para aprender um pouco além da sala de aula, um estágio, mesmo que não remunerado, pode ser uma boa ideia.
Final de curso
Se você chegou nos últimos períodos do curso sem ter feito estágio algum para cumprir a grade curricular obrigatória, um estágio voluntário não remunerado pode ser a sua única saída.
Por que devo me programar pra conseguir boas oportunidades?
O ideal é que desde o início do curso o aluno já acompanhe vagas e processos seletivos para estágios em grandes empresas, escritórios, órgãos públicos e instituições. A maioria dos estágios oferecidos prefere estudantes que já estejam na metade do curso, pois eles já têm uma bagagem teórica consistente para compreender a profissão escolhida.
Então, programe-se e procure ficar atento às oportunidades. Não deixe para se candidatar na última hora, faça cursos extras (como idiomas) e escolha as vagas nas quais você têm reais chances de conseguir uma posição. Não empurre o estágio para o final do curso.
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